20 de novembro de 2012

Mulheres negras são maioria entre jovens que não trabalham nem estudam

Mulheres pretas, pardas e indígenas são a maioria entre os 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que não trabalham nem estudam no país, a chamada “geração nem nem”. Cruzamento de dados inédito feito pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a pedido da Agência Brasil, revela que elas somam 2,2 milhões, ou seja, 41,5% desse grupo. Do total de jovens brasileiros nessa faixa etária (27,3 milhões), as negras e indígenas representam 8% - enquanto as brancas na mesma situação chegam a 5% (1,3 milhão).
 
Para o coordenador do levantamento, Adalberto Cardoso, que fez a pesquisa com base nos dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), várias razões explicam o abandono da educação formal e do mercado de trabalho por jovens. Entre elas, o casamento e a necessidade de começar a trabalhar cedo para sustentar a família. Cerca de 70% dos jovens “nem nem” estão entre os 40% mais pobres do país. A gravidez precoce é o principal motivo do abandono, uma vez que mais da metade das jovens nessa situação têm filhos.
 
É o caso de Elma Luiza Celestina, 24 anos, moradora da Estrutural, na periferia de Brasília. A jovem deixou de estudar aos 16 anos, com o nascimento do primeiro filho. Ela continuou frequentando as aulas até terminar o 6o ano do ensino fundamental, mas engravidou novamente meses depois. Com isso, precisou adiar a volta às salas de aula. Desde então, dedica-se quase exclusivamente aos filhos, conseguindo, raramente, alguns bicos como faxineira. Há sete meses, no entanto, quando o terceiro filho nasceu, não assume nenhum compromisso profissional e vive com dificuldade financeira.
 
“Como só tenho o 6º ano, não conseguia coisa muito boa, que ganhasse um bom dinheiro. Era mais para fazer faxina mesmo. Mas, agora, não tenho como [trabalhar]. Com três filhos é difícil sair para fazer qualquer coisa.”
 
Elma vive apenas com a ajuda da mãe, 57 anos, para sustentar as três crianças. Os dois ex-maridos estão presos e não podem reforçar a renda da casa. “O problema é que agora ela [minha mãe] também não está podendo trabalhar, porque está com problema no joelho. E, sem a ajuda dos pais das crianças, está bem difícil”, conta a jovem que não consegue fazer planos para o futuro.
 
“Se eu quiser coisa melhor, tenho que voltar a estudar, mas não sei se vou conseguir, porque com esses filhos todos como vou fazer?”, disse. Ela acredita que engravidou cedo por falta de orientação familiar. “Minha mãe não sabe nem escrever, não tinha como me orientar. Eu acabei engravidando, não me cuidei e engravidei de novo.”
 
A gravidez na adolescência também levou Lucineide Apolinário a abandonar os estudos. Aos 25 anos, a moradora da Estrutural está grávida do quarto filho e, sem ter com quem deixar as crianças, desistiu de trabalhar. O atual marido, que é pai apenas do bebê que ainda vai nascer, é ajudante de obras e, mesmo sem ter emprego fixo, assume sozinho as despesas da casa. O primeiro marido morreu há cerca de dois anos. A jovem cursou até a 7º ano do ensino fundamental e lamenta o casamento e a gravidez precoces.
 
“Parei de estudar por causa das crianças. Casei aos 15 anos, arrumei filho muito cedo e veio um atrás do outro. Estava apaixonada, era ilusão de adolescente. O problema é que sobra muito para a mulher. A gente tem que se dividir em mil para dar conta dos filhos e da casa e não consegue pensar na gente”, diz.
 
Enquanto se prepara para dar à luz a mais um menino nos próximos dias, Lucineide diz que sonha em retomar os estudos “algum dia”. Ela espera que os filhos tenham uma história diferente da sua.
 
“Ainda vai demorar um pouco, mas algum dia eu volto a estudar. Para conseguir um emprego melhor tem que estar pelo menos no 1º ano [do ensino médio] e eu quero voltar a trabalhar para poder dar um futuro melhor para os meus filhos, uma história bem diferente da minha”, diz.
 
Moradora do Morro do Juramento, na zona norte do Rio de Janeiro, Jéssica Regina Martelo, 22 anos, parou de estudar no 6º ano, quando passou a achar a escola menos interessante do que a vida real. A jovem conta que “era chato” ir à escola e que preferia ficar com as amigas. Órfã de pai e mãe, ela foi criada pelas irmãs e teve a primeira filha aos 17 anos. Envolvido com o tráfico, o companheiro morreu assassinado logo depois do nascimento da menina. Como não pôde contar com o apoio do pai da criança, acabou tendo que trabalhar para se sustentar.
 
Aos 19 anos, Jéssica teve a segunda filha, da união com Jony Felipe Coli, 24 anos, que também não estuda e já tinha dois filhos ao conhecê-la. Ele também não tem emprego formal tampouco estuda, embora cuide dos filhos do relacionamento anterior e que agora fazem parte da nova família. Para sustentar a casa, Jéssica faz bico. “Prefiro ser manicure por conta própria porque tenho mais tempo para cuidar das meninas e o dinheiro fica comigo e com elas, não com o salão.”
 
Além da gravidez, outro fator de peso para o abandono da escola, segundo o pesquisador da Uerj, é a falta de perspectiva de vida de jovens pretos, pardos e indígenas, maioria nas escolas públicas, em geral, de menor qualidade. Ele acredita que o estímulo à educação é fundamental para mudar a realidade desse grupo.
 
“Uma coisa perversa no sistema educacional do Brasil é o fato de pessoas deixarem a escola porque não têm a perspectiva de chegar ao ensino superior”, diz. “As ações afirmativas são importantes por isso. Têm o efeito de alimentar aspirações de pessoas que viam a universidade como uma barreira, mas que vão se sentir estimuladas a permanecer no ensino”, destaca.
 
Ao analisar os dados do levantamento, a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Rosângela Araújo diz que é preciso entender o que está por trás do comportamento das meninas. “Não é falta de informação. Tenho certeza de que a maioria conhece um preservativo. Mas tem uma questão da mudança de status, de menina para mulher. Elas podem não ver [o abandono escolar] como um passo atrás, mas no futuro, pode pesar.”
 
Segundo o levantamento, embora a taxa de jovens da “geração nem nem” no Brasil seja considerada alta (19,5% do total de pessoas de 18 a 25 anos), o índice não está distante do verificado em países com características demográficas semelhantes onde é comum que a mulher deixe de trabalhar e estudar para se casar. É o caso da Turquia e do México, segundo estudos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), citados pelo pesquisador da Uerj.
 
A pesquisa também identificou entre os “nem nem” jovens com deficiência física grave e os que saíram da faculdade, mas ainda não estão empregados. Os dados completos constam do estudo Juventude, Desigualdade e o Futuro do Rio de Janeiro, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e deve ter um capítulo publicado em 2013.
 
Fonte: Agência Brasil

14 de novembro de 2012

Abertas inscrições para delegados virtuais no Fórum Global da Juventude


Estão abertas as inscrições para a participação virtual no Fórum Global de Juventude. Entre os dias 4 e 6 de dezembro, os delegados virtuais poderão acompanhar e contribuir com as discussões online. As oportunidades são para jovens entre 14 e 30 anos de idade. As inscrições podem ser feitas até a véspera do encontro pelo link www.icpdyouth.org.

O Fórum Global da Juventude é uma iniciativa conjunta das agências da ONU, jovens, sociedade civil e setor privado, com o apoio do Governo da Indonésia, e tem como objetivo traduzir as metas de participação da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento em um movimento sustentável de promoção e defesa da juventude. Entre os dias 4 e 6 de dezembro em Bali, Indonésia, mais de 900 jovens contribuirão para a revisão do Plano de Ação da CIPD e para a inclusão das perspectivas da juventude em um novo documento sobre população e desenvolvimento, a ser entregue para a Assembléia Geral da ONU.

Liderado por jovens e construído para jovens, o Fórum Global da Juventude irá proporcionar a esse grupo etário uma voz mais forte, além de contribuir diretamente para o processo de definição de metas de desenvolvimento futuro. Os delegados de todo o mundo deverão chegar a um acordo sobre recomendações globais para a ação em cinco questões cruciais:  Vida saudável; Educação ampla;  Transição ao emprego digno para jovens;  Sexualidade, família e direitos;  Plena participação cívica inclusiva.

Os delegados virtuais participarão da conversa on-line sobre os temas do fórum em tempo real e, de 4 a 6 de dezembro, poderão acompanhar e contribuir para discussões online. Suas contribuições on-line irão alimentar diretamente o Fórum e moderadores garantirão que os pontos de vista dos delegados virtuais sejam representados nas discussões plenárias e nas recomendações. Como delegado oficial, o seu nome e o seu país serão incluídos no relatório que deverá ser preparado para o Secretário-Geral das Nações Unidas.

Serviço

Fórum Global da Juventude

Data: 4 a 6 de dezembro de 2012

Local: Bali Nusa Dual Convention Center, em Bali, Indonésia

Inscrições: www.icpdyouth.org

Mais informações:



Fonte: UNFPA

13 de novembro de 2012

Metalúrgicos do ABC conseguem evitar demissões na Mercedes até março


Durante assembleia realizada na segunda-feira (12), o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC conseguiu evitar a demissão de 484 trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, cujos contratos venceriam no próximo sábado (17). Pelo acordo firmado entre a categoria e a montadora, os contratos serão prorrogados até 31 de março de 2013 e, como contrapartida, os trabalhadores abrirão mão da segunda parcela da participação dos lucros ou resultados (PLR).

Na semana passada, os metalúrgicos haviam recebido um telegrama da empresa informando que eles seriam dispensados na data de vencimento dos contratos. Eles estão desde junho deste ano afastados por conta do lay off, uma estratégia para evitar demissões na qual os trabalhadores fazem 300 horas de curso de qualificação profissional e recebem mensalmente R$ 1.600 do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), mais a diferença do salário, que é completada pela empresa.

Os 484 que tiveram seus contratos prorrogados estão fora do lay off e o salário será pago integralmente pela montadora, de acordo com o sindicato. “Vencemos uma batalha, mas a guerra continua e tem data marcada para nova luta: 31 de março”, disse o secretário de Organização da entidade, Moisés Selerges Junior, na assembleia.

A prorrogação do contrato é fruto de um acordo coletivo firmado entre o sindicato e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo, já que a lei trabalhista prevê que contratos fechados por prazo determinado não podem ser renovados mais do que duas vezes.

O diretor Valter Sanches, também membro do Conselho Mundial da Mercedes, lembrou que o acordo aprovado hoje é apenas um dos vários que o sindicato negociou ao longo do ano, tanto com empresas como com o governo federal, para garantir os empregos na categoria. “Foi um ano difícil para o setor de caminhões. A empresa visa lucro e, com a produção baixa, ela dispensaria os cerca de 3 mil funcionários excedentes. O papel do sindicato é lutar para manter esses empregos.”

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem quatro montadoras na sua base, todas em São Bernardo do Campo: Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford e Scania, que juntas somam 35 mil metalúrgicos de um total de 105 mil. Na região são produzidos 55% de todos os caminhões fabricados no Brasil.

12 de novembro de 2012

GT da SNJ discute Seminário Nacional Jovens Mulheres e Políticas Públicas

A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) realizou a 3ª Reunião do Grupo de Trabalho sobre Jovens Mulheres nos dias 7 e 8 de novembro, em Brasília. A reunião teve como destaque o Seminário Nacional de Jovens Mulheres e Políticas Públicas, que será realizado pela SNJ e Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), em parceria com a ONU Mulheres. O encontro está previsto para acontecer no 1º trimestre de 2013 em Brasília. 

Como preparação para o Seminário, foram discutidos assuntos como metodologia, foco, objetivo, estratégia, cronograma e público alvo. O encontro é previsto para 120 pessoas, entre elas, gestoras federais, estaduais e municipais; pesquisadores e militantes jovens dos movimentos sociais. O Seminário discutirá, entre outros assuntos, educação, cultura e comunicação; produção, trabalho, capacitação e renda; saúde com foco na vivência da sexualidade juvenil; e o enfrentamento à violência contra jovens mulheres.

“Eu espero que o encontro possa reunir jovens comprometidas com a causa feminista, comprometidas com conceito de políticas públicas, com o recorte, com dados específicos para às mulheres jovens. A gente está preparando o Seminário com uma plataforma muito concreta e com objetivo de incidir na agenda de governo nas diferentes esferas.” Afirmou a integrante do GT, Lea Marques, sobre as expectativas para o Seminário. 

Áurea Caroline Freitas, uma das integrantes do GT, também avaliou o andamento da reunião. “A gente conseguiu avançar muito, foi um trabalho de acúmulo e de avanços em relação à última reunião”, disse a jovem.

Participaram também da reunião Daiane Andrade, do Ministério da Educação, Maria de Lurdes, da Secretaria de Politica Para as Mulheres e Paula Pallares, da ONU Mulheres.

Fonte: Secretaria Nacional de Juventude

8 de novembro de 2012

Ideias sustentáveis vão ganhar prêmios

Projetos finalistas serão selecionados pela PepsiCo e Young Americas Business Trust


Para fazer com que ideias inovadoras voltadas à sustentabilidade ganhem corpo não apenas na empresa, mas mundo a fora, a PepsiCo, empresa de alimentos e bebidas, lança juntamente com a Young Americas Business Trust (YABT) o Prêmio Eco-Challenge.
 
A iniciativa, segundo conta Cláudia Pires, gerente de sustentabilidade da companhia, selecionará ideias nesse sentido de jovens dos países da América Latina. “Serão escolhidos oito finalistas com projetos que resolvam um problema ambiental ou negócio sustentável dentro dos temas: preservação do meio ambiente e/ou da água”, explica, lembrando que os finalistas terão de apresentar seus projetos a uma comissão julgadora no evento que será realizado na Guatemala. Os grandes vencedores, um em cada uma das categorias, receberão um prêmio de US$ 5 mil. “A competição se diferencia das demais por incorporar uma fase “antes” (treinamento e mentoring), e outra “depois” (acompanhamento, redes de colaboradores, incubação e estágios)”, completa.
 
Ainda de acordo com a gerente, esse tipo de ação já está em seu quarto ano, com prêmios cada vez mais robustos. Em 2010 foram mais de 300 times registrados, em 2011 mais de 500 de 20 países. Na edição que teve a premiação no início de 2012 foram mais de mil projetos de 27 países. Para se inscrever basta ter, entre 13 a 36 anos, e não há necessidade de comprovação de nenhum grau de escolaridade. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o dia 18 de janeiro de 2013 pelo site www.pep-sico.com.br/ ou www.ticameri-cas.net/pr.
 
O anúncio dos finalistas será no dia 28 de abril, a apresentação e a cerimônia de premiação entre os dias 29 e 31 de maio. “Queremos apoiar os jovens para que entrem ao mercado de trabalho com projetos para o meio ambiente. Precisamos dar voz e capacidade para que essas soluções sejam implementadas”, finaliza Cláudia.
 
Fonte: Brasil Econômico

7 de novembro de 2012

Jovens indígenas realizarão seminário nacional para discutir políticas públicas

Fortalecer o movimento da juventude indígena e lutar por políticas públicas voltadas para essa parcela da população. É com esse objetivo que lideranças juvenis indígenas de todo o país participarão do II Seminário Nacional de Juventude Indígena, evento que ocorrerá entre os dias 25 e 30 de novembro na chácara do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em Luziânia, Goiás.
 
A intenção é reunir cerca de 110 representantes da juventude indígena para discutir políticas públicas e incentivar a articulação do movimento juvenil indígena com o movimento dos povos indígenas. "A gente também quer que o Governo olhe de fato para os povos indígenas”, comenta Renato da Silva, integrante da coordenação do Seminário.
 
O jovem da etnia Tupiniquim explica que a intenção do seminário é justamente discutir mais políticas públicas para a população indígena e estratégias para que os povos tenham acesso a elas com mais facilidade. Em pauta, questões como educação, esporte, lazer e cultura. Além disso, debaterão sobre empreendimentos que afetam as terras indígenas, tais como a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e a barragem do rio São Francisco.
 
Renato afirma que a expectativa é sair do seminário com propostas de políticas públicas para serem entregues a entidades parceiras e encaminhadas para Governo Federal e Ministérios.
 
Desafios
 
Para o integrante da equipe de coordenação do Seminário, "o cenário atual não está bom para os povos indígenas”. "Falta o Governo reconhecer de fato que no Brasil existe povo indígena”, comenta, destacando propostas discutidas no Congresso Nacional que ferem os direitos dessa população.
 
Renato destaca a existência de parlamentares "anti-indígenas” no Congresso - integrantes de bancadas ruralista e evangélica - que aprovam Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que "atropelam a Constituição”.
 
Destaca, por exemplo, a PEC 215/2000, aprovada em março passado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e que agora aguarda criação de Comissão Temporária na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que estabelece como competência exclusiva do Congresso Nacional a aprovação de demarcação de terras indígenas e a ratificação das demarcações já homologadas.
 
Teor semelhante possui a PEC 038/1999, que tramita no Senado Federal, estabelecendo competência privativa desta Casa a aprovação da demarcação de terras. O jovem também ressalta como retrocesso a Portaria 303 de 16 de julho de 2012 emitida pela Advocacia Geral da União (AGU), a qual estende a todas as terras indígenas do país as condicionantes decididas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Judicial referente à Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
 
A luta dos povos indígenas pelo território é um dos principais problemas enfrentados pelos indígenas, mas está longe de ser a única. Renato aponta a "falta de oportunidade” como um dos grandes desafios da juventude indígena no país.
 
O problema não é somente a falta de políticas públicas, mas a dificuldade em acessá-las. Como exemplo, Renato cita a dificuldade de acesso à educação em algumas aldeias. De acordo com ele, em locais mais próximos de cidades, os/as jovens estudam dentro da aldeia somente até o 9° ano do ensino fundamental, precisando se deslocar até a cidade para cursar o nível médio.
 
Por outro lado, Renato da Silva também observa alguns avanços referentes à participação da juventude indígena. Segundo ele, o movimento conseguiu levar mais de 30 jovens para a II Conferência Nacional da Juventude, realizada em dezembro do ano passado, em Brasília (DF), e já conseguiu um assento no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Também conseguiu, de acordo com ele, que fosse acordada a criação de um Grupo de Trabalho (GT) dentro da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) com jovens indígenas.
 
Fonte: Adital

6 de novembro de 2012

OIT e Cepal preveem desemprego menor na América Latina em 2012

No primeiro semestre de 2012, o mercado de trabalho da América Latina e do Caribe resistiu ao enfraquecimento da economia regional, o que permite esperar uma evolução positiva dos indicadores de emprego e desemprego para este ano, informaram hoje a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
 
Os dois organismos das Nações Unidas apresentaram novos números de sua publicação conjunta, chamada Conjuntura do mercado de trabalho da América Latina e do Caribe, na qual indicam que a taxa do desemprego aberto urbano regional manterá sua tendência de queda e terminará 2012 com uma variação de 6,4%, menor que os 6,7%  apresentados no ano passado.
 
A tendência positiva se manterá, apesar da desaceleração na taxa de crescimento, que passou de 4,3% em 2011 para cerca de 3,2% neste ano, disseram as duas instituições em nota. A publicação destaca que o mercado de trabalho tem sido chave para evitar uma desaceleração ainda maior da economia, pois houve um acentuado aumento do poder de compra por meio da geração de emprego e do aumento do salário real.
 
O documento destaca ainda um aumento da taxa de ocupação de 0,5 ponto percentual no primeiro semestre de 2012, a melhora na qualidade do emprego, via expansão de 3% do emprego assalariado formal coberto pela seguridade social, e um aumento dos salários reais de 3% no mesmo período.
 
"Durante o primeiro semestre de 2012, em muitos países manteve-se a tendência recente de melhora na qualidade do emprego, caracterizada pelo dinamismo da geração de emprego assalariado, significativos aumentos do emprego formal e redução do subemprego", afirmaram Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, e Elizabeth Tinoco, diretora regional do escritório da OIT para a América Latina e o Caribe, no prefácio do documento. "Nos encontramos com um mercado de trabalho na região cujos indicadores estão em uma situação melhor que antes da crise", acrescentaram.
 
Fonte: Valor Econômico

5 de novembro de 2012

Divulgadas orientações para interessados em participar da 8ª Bienal da UNE

As inscrições de trabalhos vão até o dia 07 de dezembro

A 8ª Bienal da UNE já tem data e local confirmados. O maior festival estudantil da América latina será nas cidades de Recife e Olinda, em Pernambuco, entre os dias 22 a 26 de janeiro de 2013.

A Bienal traz como tema “A Volta da Asa Branca”, celebrando um aspecto especial da música de Luiz Gonzaga –cujo centenário é comemorado em 2012. O festival é um convite à reflexão em torno da cultura do sertanejo.

A programação inclui mostras de trabalhos apresentações de diversas áreas artísticas, seminários e conferências. O evento é um grande festival estudantil que reúne a produção dos estudantes nas áreas de música, artes cênicas, audiovisual, artes visuais, literatura, ciência e tecnologias. A edição desse ano traz como novidade também uma mostra de projetos de extensão, aberta com o objetivo de dar oportunidade dos estudantes apresentarem iniciativas que estão acontecendo dentro das universidades relacionadas à extensão. Os estudantes interessados podem inscrever trabalhos de acordo com o regulamento de cada área.

VOCÊ JÁ PODE INSCREVER O SEU TRABALHO!

As inscrições de trabalhos para as mostras selecionadas já estão abertas, e o prazo máximo para inscrição é até o dia 07 de dezembro. A divulgação dos trabalhos selecionados será feita pela internet por meio do portal da UNE ou no hotsite da 8ª Bienal a partir do dia 14 de dezembro.

A novidade desse ano é que as inscrições de trabalhos podem ser feitas preenchendo um formulário pela internet. Ao clicar no link e preencher seus dados um boleto no valor de R$ 10,00 será gerado. Basta efetuar o pagamento do boleto e a inscrição do trabalho estará confirmada.

O estudante que não tiver seu trabalho selecionado, precisará realizar também a sua inscrição de participante e o pagamento da taxa para isso. (Outras informações no tópico “Não vou inscrever trabalho, mas quero participar, como faço?”)

COMO ENVIAR O ARQUIVO DO SEU TRABALHO PELA INTERNET

Nesta edição, os trabalhos inscritos, seja qual for a categoria, serão recebidos online, no momento do preenchimento do formulário pela internet.

Enviar o arquivo do trabalho a ser inscrito é muito simples: basta acessar e preencher o formulário online, clicar em “Selecionar arquivo” e o upload será feito automaticamente.

COMO ENVIAR UM VÍDEO

Para envio de vídeo a plataforma utilizada será o site Youtube.

Siga esses passos para nos enviar seu trabalho:

1 – Você deverá acessar o site www.youtube.com.br.

2 – Clicar em“Enviar vídeos”.

3 – Selecione o seu arquivo de vídeo.

4- Após realizar o upload, cole o link do Youtube na sua ficha de inscrição.

COMO ENVIAR UMA MÚSICA

Para enviar uma música, estamos utilizando o site Sound Cloud da internet.

Siga esses passos para enviar seu trabalho:

1 – Você deverá acessar o site www.soundcloud.com

2 – Você deverá acessar usando sua conta do Facebook ou criar uma conta própria.

3 – Clique em“Upload Share” no topo do site.

4 – Clique em“Choose files” para escolher um arquivo de áudio.

5 – Após realizar o upload anote o “Permalink” abaixo do campo “Title” do seu audio. (Ex – Permalink: http://soundcloud.com/seunomedeusuario/meu-som).

6 – Selecione“Public”.

7 – Clique em“Save”.

8 – Cole o Permalink do Sound Cloud na sua ficha de inscrição.
 
COMO ENVIAR UM ARQUIVO DE TEXTO

Serão aceitos para upload arquivos de texto em formato PDF e arquivos de imagens em formatos JPG, JPEG, PNG e PNJPG.

QUEM PODE INSCREVER TRABALHOS?

Para inscrever um trabalho, é necessário que o estudante esteja matriculado na universidade no ano de 2012. A comprovação deve ser feita através de declaração fornecida pela instituição de ensino, boleto de mensalidade ou cópia da carteira da UNE, UBES ou ANPG. É importante saber que cada autor poderá inscrever, no máximo, 3 (três) trabalhos de sua autoria em cada categoria.

Os trabalhos coletivos devem conter pelo menos 50% (cinquenta por cento) de estudantes em suas equipes. Os coletivos poderão ser formados por estudantes de instituições de ensino diferentes. Havendo menores de idade no grupo é indispensável a declaração do responsável autorizando a participação no evento.

AO INSCREVER O MEU TRABALHO, A QUE EU TENHO DIREITO?

O estudante que tiver seu trabalho selecionado para a mostra estará isento do pagamento da taxa de inscrição de participante, o que significa que ele terá um gasto de apenas R$ 10,00.

Aos selecionados para apresentação de trabalhos, a organização da Bienal se responsabiliza pela hospedagem dos participantes e acondicionamento dos equipamentos em espaço reservado.

Uma informação importante é que os gastos com transporte, cachês, cenários ou qualquer outro tipo de despesa são de responsabilidade do participante.

Além disso, a UNE estará isenta do pagamento dos direitos autorais para a edição, publicação, exibição e gravação dos trabalhos inscritos, desde que estas tenham como objetivo apresentar os resultados da 8ª Bienal da UNE.

Todos os estudantes que tiverem trabalhos selecionados e apresentados em qualquer área da 8ª Bienal da UNE receberão um certificado de premiação e um certificado de participação do evento.

NÃO VOU INSCREVER TRABALHO, MAS QUERO PARTICIPAR, COMO FAÇO?

Também é possível acompanhar as atividades da 8ª Bienal da UNE como participante. Para isso, basta, apenas, acessar o formulário de inscrição online e preencher os dados solicitados até o dia 13 de janeiro. Posteriormente a esta data as inscrições poderão ser feitas exclusivamente na secretaria da 8ª Bienal da UNE, em Olinda.

A taxa de participação para estudantes que não tiverem seus trabalhos inscritos e selecionados é de R$ 30,00 (trinta reais) até o dia 31 (trinta e um) de outubro, R$ 40,00 (quarenta reais) de 01 (primeiro) até dia 10 (dez) de dezembro, R$ 50,00 (cinquenta reais) de 11 (onze) de dezembro até dia 13 (treze) de janeiro e R$ 100 (cem reais) na data da atividade. Para obter o boleto bancário basta preencher o formulário de inscrição online. O pagamento da tarifa confirma a inscrição no evento.

Todos os inscritos terão acesso às instalações, mostras artísticas, debates, seminários, conferências, culturata, feira e atividades esportivas.

Além disso, a organização da 8ª Bienal da UNE se responsabiliza pela hospedagem dos participantes em salas de aula e estruturas escolares. Os alojamentos possuirão chuveiros e sanitários coletivos. É importante que o estudante leve tudo aquilo que lhe for necessário para sua estadia, como colchões, barracas, e objetos de higiene pessoal.

Fonte: UNE

1 de novembro de 2012

Governo brasileiro realiza 3ª edição do Seminário Permanente de Integração Regional de Juventude no Mercosul “Juvensur”

 
 
Cerca de 250 jovens dos países que compõem o Mercosul debaterão durante quatro dias, em Foz do Iguaçu, temas como juventude rural, trabalho decente e integração e participação social

Entre os dias 1º e 4 de novembro o Brasil sediará o Seminário Permanente de Integração Regional do Mercosul “Juvensur”, promovido pela Reunião Especializada da Juventude (REJ), que está sendo presidida até dezembro pela Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Em sua terceira edição, o encontro, que acontece em Foz do Iguaçu, tem a tarefa de promover o diálogo, a elaboração, a cooperação e o fortalecimento de políticas de juventude na região.
 
Com a finalidade de debater a melhoria das condições de vida dos jovens no Mercosul, o Juvensur traz em sua programação três eixos principais de debate: Juventude Rural, Trabalho Decente e Integração e Participação Social. Na abertura do encontro, estão previstas as presenças do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, entre outras autoridades nacionais e internacionais.
 
Ao todo, são esperados 250 jovens dos países do Mercosul, tanto membros (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela) como associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru). Os participantes são representantes de organizações, redes e movimentos sociais de setores diversos, com atuação tanto nacional quanto regional.
 
De julho de 2012 até julho de 2013, é comemorado o Ano da Juventude no Mercosul, envolvendo uma série de atividades para promoção das Políticas de Juventude. O ano será orientado por três eixos transversais: Democracia, Participação e Integração. Na ocasião, o Brasil irá promover, além da 3ª Edição do Juvensur, a Conferência de Ministros de Juventude Ibero-americanos, a Reunião Especializada de Juventude do Mercosul e a Cúpula Social do Mercosul.
 
Guia do Participante - Português
Confira a programação do encontro

Serviço
Seminário Permanente de Integração Regional – Juvensur
Data: 1 a 4 de novembro
Local: Foz do Iguaçu - Paraná

Mais Informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria-Geral da Presidência da República
(61) 3411.1407
 
Fonte: Conjuve