As piores situações, classificadas como "críticas"
pela OIT, estão na Espanha, Itália e África do Sul, com índices entre 35% e 52%
de desocupação
O desemprego juvenil é considerado persistente em
17 países do G20, grupo das maiores economias do mundo, do qual o Brasil
participa. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
divulgou quarta-feira (3) a informação, há mais de 17,7 milhões de jovens entre
15 e 25 anos sem emprego, nesses países, o que indica uma piora nas
perspectivas para a juventude.
O Brasil está em uma faixa de desemprego entre jovens
considerada moderada, entre 14% e 19%, ao lado da Argentina, do Canadá, da
Rússia, da Turquia e dos Estados Unidos. Os dados foram apresentados
originalmente pela OIT na reunião do Grupo de Trabalho sobre Emprego da
organização, encerrado terça-feira (2), em Genebra, na Suíça, e está disponível
em inglês.
As piores situações, classificadas como "críticas"
pela OIT, estão na Espanha, Itália e África do Sul, com índices entre 35% e 52%
de desocupação. A França, Indonésia e o Reino Unido também têm altas taxas de
desemprego, entre 21% e 23%. Em situação menos desfavorável estão a Austrália,
Coréia do Sul, Alemanha, o Japão e México, com índices entre 8% e 11%.
Como o G20 engloba tanto países desenvolvidos quanto em
desenvolvimento, o relatório da OIT reconheceu que há diferentes causas e
consequências do desemprego juvenil entre os integrantes, mas identificou
pontos em comum, como o risco de desemprego estrutural, a persistência de
baixos níveis de produtividade, os baixos salários relacionados à informalidade
e o risco de escassez de mão de obra em determinados setores.
"Sejamos realistas: sabemos que as perspectivas no
mercado laboral não são nada brilhantes. Sabemos que, quando os números do
emprego em geral são negativos, a situação do emprego juvenil é ainda pior.
Devemos encontrar novos enfoques", disse, em nota, o diretor-geral da OIT,
Guy Ryder.
De acordo com a organização, o fortalecimento da economia
global depende de políticas inter-relacionadas de trabalho e emprego, com
orientação para a expansão de políticas de proteção social.
Fonte: Portugal Digital
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