2 de outubro de 2012

Desemprego de jovens é de 55% na Grécia

 
Mais da metade dos jovens gregos e espanhóis estão fora do mercado de trabalho. A constatação vem com a divulgação de novo balanço sobre desemprego da Eurostat, instituto oficial de estatísticas da União Europeia.
 
Na Espanha, a taxa de jovens (até 25 anos) em idade economicamente ativa sem emprego chegou em agosto a 52,9%, ante 47,2% no mesmo mês do ano passado.
 
O país ibérico foi ultrapassado pela Grécia, cujo índice saltou de 45,8% em agosto de 2011 para 55,4% em junho passado --o dado mais recente divulgado pelo país.
 
A Espanha, no entanto, retém a maior taxa de desemprego da zona do euro em geral, que atinge 25,1% da população, ante 24,4% da Grécia (em junho).
 
No total dos 17 países que compõem a eurozona, o índice de jovens sem trabalho chegou a 22,8% em agosto --entre os 27 países da União Europeia, a taxa é de 22,7%.
 
Estendido à população em geral, o número é de 11,4%, ou 18,2 milhões de pessoas desempregadas, um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior Ðe 34 mil pessoas a mais do que em julho.
 
Pacote Grego
 
Em relação à Grécia, em particular, o prognóstico é de piora da situação. As autoridades do país divulgaram ontem uma previsão de 3,8% de contração do PIB para este ano --confirmando o sexto ano consecutivo de recessão econômica.
 
O anúncio também revelou um novo plano de austeridade que inclui mais cortes no Orçamento para 2013, de forma que a Grécia possa ser autorizada a receber mais uma parcela da ajuda externa de resgate econômico.
 
O Orçamento do ano que vem foi divulgado ao mesmo tempo em que o ministro das Finanças do país, Yannis Stournaras, recebia inspetores da "troica" (grupo de credores formado por FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
 
A previsão é que o deficit público, incluindo o pagamento da dívida, diminua de 6,6% do PIB neste ano para 4,2%. O desemprego aumentaria 0,3 ponto percentual.
 
Ainda assim, a projeção da dívida pública para o ano que vem é de 179,3% do PIB.
 
O novo Orçamento define mais cortes em aposentadorias e benefícios sociais, como parte de um pacote para economizar € 11,5 bilhões nos próximos dois anos.
 
"Temos que segurar firme o leme para fazer a curva difícil", disse Stournaras, sobre as medidas. "É o único modo de a economia grega retornar ao ciclo de estabilidade fiscal e crescimento."
 
Ainda ontem, sindicatos reagiram ao anúncio, ameaçando mais greves para este mês Ðna última quarta, ao menos 25 mil gregos foram às ruas de Atenas protestar contra a "troica" e as medidas de austeridade.
 
O primeiro-ministro Antonis Samaras prometeu que esta seria a última rodada de cortes.
 
Ele também se encontrou com os representantes dos credores, para convencê-los a retirar as últimas objeções à entrega da nova parcela da ajuda internacional.
 
Fonte: Folha

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