22 de março de 2012

Juventude metalúrgica soma mais de 300 mil trabalhadores na base da CNM/CUT

 Por Leandro Soares

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT sempre teve ações voltadas para o coletivo de juventude. Antes da criação da secretaria de Juventude, em 2011, durante o 8º Congresso da CNM/CUT, era a secretaria de Políticas Sociais a responsável pelas atividades do grupo. Foi pelo aumento da demanda que surgiu a necessidade de criar uma secretaria, que se dedicasse exclusivamente às atividades da juventude metalúrgica.

Um dos grandes objetivos desse sistema organizacional é proporcionar aos jovens metalúrgicos ferramentas e meios para ampliar a geração de ideias e posicionamentos em relação às questões trabalhistas e, assim, atuarem como fomentadores de políticas públicas para setor metalúrgico e para o país.

Segundo dados do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, subsede na CNM/CUT, os jovens metalúrgicos na base da CNM são em torno de 300 mil (até 29 anos). E são inúmeras as formas com que os jovens trabalhadores podem contribuir para as conquistas da categoria. As ações que envolvem os jovens metalúrgicos passam por temas como trabalho decente, saúde, OLT – organização no local de trabalho e qualidade de vida.

A atuação da secretaria de Juventude é no sentido de criar esses mecanismos de orientação nos coletivos dos sindicatos e federações. Toda essa discussão está dentro das fábricas. Através das atividades que a secretaria promove, como encontros, campeonatos de futsal (futebol de salão), encontros de rock e eventos culturais que resgatam a história do movimento sindical, aproximam ainda mais esses jovens trabalhadores. São atividades de interesse em comum e esse fator aumenta a afinidade entre o grupo.

Jovens metalúrgicos e a OLT
A experiência da secretaria de Juventude com as atividades em grupo revela que existe nesses jovens uma imensa necessidade de participação social. Muitas vezes esse sentimento fica sufocado pela simples falta de meios para poder se expressar. Motivados pelos encontros e pela devida valorização de suas necessidades, esses jovens dinamizam suas participações nas Cipas, ampliam as ações da OLT- Organização no Local de Trabalho no chão de fábrica e fortalecem as discussões do movimento nos sindicatos. Muitos se tornam militantes, pois obtém preparo inclusive para serem dirigentes sindicais.

Temos alguns exemplos dessas organizações em Sorocaba-SP e no ABC-SP, como as políticas voltadas para os jovens tem dado certo. A secretaria de Juventude da CNM/CUT já frutificou suas ações nos sindicatos, quando percebe o aumento do número de jovens metalúrgicos sindicalizados e a constatação da participação ativa do grupo no dia a dia dos sindicatos.

Em relação às políticas públicas, temos em nossa central de trabalhadores, CUT – Central Única de Trabalhadores, feito um grande trabalho de aproximação dos movimentos sociais. E tem apresentado resultados positivos. O tema juventude tem sido debatido amplamente e as propostas do grupo são apresentadas em congressos e encontros do movimento sindical.

A contribuição ativa dos jovens sindicalistas surge claramente com a criação da Secretaria Nacional da Juventude, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005. Esta foi uma das ações diretas da juventude metalúrgica, que pelas propostas apresentadas nas conferências, mostrou ao governo a necessidade de se criar um meio de ampliar a participação da juventude brasileira nos debates.

O Estatuto da Juventude, Pro Uni e Pro Jovem - que proporcionou, principalmente, aos jovens carentes condições de ingressar em uma faculdade e terem o direito a formação universitária, são outras conquistas do movimento da juventude. Assim como, os intercâmbios, que proporcionam a troca de experiência entre os países e que muito contribui no conhecimento cultural e na realidade vivida em cada país.

Leandro Soares é secretário de Juventude da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT

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